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Sipat´s FUJIWARA.

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SIPAT FUJIWARA.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sipats

Por Rodolfo Correa Lima 28/05/2008
TRECHOS DA MATÉRIA EXTRAÍDA DA REVISTA PROTEÇÃO NÚMERO 139 DE JULHO DE 2003.
  Mais do que faixas e distribuição de brindes, a Semana deve ter a motivação dos trabalhadores e organizadores aliados a muita criatividade. Parece fácil. É só reunir o pessoal da empresa, promover algumas palestras, colocar uma faixa, distribuir alguns brindes e... e o que mais mesmo? Esta é a forma como muitos profissionais pensam quando iniciam ou estão prestes a iniciar sua SIPAT. Obrigatórias pela alínea O, item 5.16 da NR-5, Portaria MTE/DSST nº 8/99, ela deve ser feita uma vez ao ano. Mesmo com todo este tempo para elaborá-las, alguns profissionais ainda a trata superficialmente, ou nem sabem por onde começar. Porém com a quantidade de informações e instrumentos para a área, hoje em dia não é admissível que a elaboração de uma SIPAT torne-se uma dor de barriga ou apenas uma “brincadeira” de uma semana para a empresa. Criatividade, motivação, interesse e empenho são ingredientes imprescindíveis para que ela dê certo.
CONCEITOS
A SIPAT deve ser considerada uma Campanha de Segurança e, portanto, a sua finalidade básica é divulgar conhecimentos de Segurança e Saúde no Trabalho, com o propósito de desenvolver a consciência da importância de se eliminar os acidentes do trabalho e de se criar uma atitude vigilante que permita reconhecer e corrigir condições e práticas que possam provocar acidentes em prol da melhoria contínua das condições e ambiente de trabalho.
Em recente pesquisa feita pelos engenheiros de Segurança do Trabalho da Universidade Paulista, apenas 15% das empresas inquiridas não teve dúvidas em afirmar que uma SIPAT, se bem planejada, constitui-se num excelente método de incentivo à prevenção de acidentes. Todas estas empresas foram categóricas ao afirmarem que para este objetivo ser atingido há necessidade de serem cumpridos os seguintes tópicos: objetivos claros da SIPAT, organização, características, resultados esperados e custos.
FUNÇÃO
Existem vários problemas na elaboração das SIPATs, a começar pelos erros de interpretação da função da mesma. Há uma confusão muito grande, pois muitas empresas fazem da SIPAT um oba-oba, o seu único momento de prevenção de acidentes na empresa, esquecendo o resto. Algumas colocam somente uma faixa na entrada da empresa e na verdade não comemoram nada, ou então distribuem em alguns lugares os EPIs, chamando aquilo de exposição, e acabam esquecendo o resto. Além disso, ressalta que os coordenadores de SIPAT, normalmente profissionais de SST, no cursos que freqüentaram não tiveram nenhuma noção e mesmo orientação sobre campanhas de segurança, dos seus objetivos, dos meios utilizados. O principal desafio da SIPAT é provocar a discussão de assuntos que sejam importantes para a prevenção de acidentes e doenças na empresa e que sejam ao mesmo tempo interessantes o suficiente para mobiliza-los e chamar sua atenção.
GRATUITO
Como opção para os temas básicos, existe a disponibilidade, sem custo, dos profissionais da Anvisa (Associação Nacional de Vigilância Sanitária), cuja experiência, fruto da própria missão da entidade, é vasta e merece ser repassada para a comunidade trabalhadora. Os temas mais específicos, como proteção auditiva, respiratória, entre outros, podem ser resolvidos também da mesma forma pelos fornecedores de EPIs, normalmente já preparados para esta tarefa e com interesse institucionais em promover suas marcas junto às empresas.
Além dos temas básicos, já previstos em lei como alcoolismo, drogas, DSTs, entre outros, uma boa SIPAT deve enfocar assuntos pertinentes aos riscos existentes nas empresas e disponibilizados a todos os expostos. É errado a prática muito empregada de se chamar um ou dois empregados de cada setor para assistir as palestras, pois o efeito é ineficaz. Ultimamente peças de teatro têm apresentando bons resultados na fixação de conceitos ligados à qualidade de vida, auto-estima e outros.
DIFERENCIAL
Segundo Cristina Pereira, da Seção Demais Suzuki, o teatro tem sido muito procurado porque ele foge do convencional. “A SIPAT é um evento obrigatório dentro de uma empresa, desta forma, sempre propomos falar do mesmo assunto, mas de forma diferente”, explica. Ela diz que o trabalho está baseado na sensibilização das pessoas para a segurança do trabalho, onde toda a peça busca a parte técnica da obrigação do uso dos equipamentos de segurança com os aspectos positivos de usa-los em função do seu bem-estar. Ela também enfatiza que todas as peças abordam o comportamento humano, o que permite que ela caiba em qualquer contexto, seja em uma metalúrgica ou montadora. “Fizemos alguns espetáculos personalizados somente nos casos de explicar algumas coisas muito complicadas, ou mais íntimas da empresa, como processos de produção”, avalia.
Cristina lembra também dos materiais utilizados na comunicação visual das SIPATs que, no caso da Seção Demais Suzuki, são personalizados na busca de manter uma identidade única para que a campanha tenha um corpo só e não sofra fragmentação. “O que também é legal da linguagem teatral é que ela é universal e acessível. Sempre procuramos usar da comicidade, do lúdico no trabalho, mas não linguagens chulas que desrespeitem o trabalhador, ou situações que criem estereótipos”, avalia Cristina. Ela diz que apesar de muitos profissionais da área terem dúvidas sobre o teatro por carregar esta concepção de diversão, de brincadeira, ele é uma ferramenta que consegue sensibilizar as pessoas, onde elas se identificam com as situações. “Você consegue inclusive uma resposta mais rápida da pessoa para reverter situações negativas”, afirma.
EMOCIONAL
Entre os temas mais abordados nas peças teatrais para SIPATs, Cristina aponta a qualidade de vida, meio ambiente e os tradicionais sobre dependência química, segurança do trabalho e segurança fora do trabalho, especificamente na questão de trânsito. “Mas também temos um que há muito tempo encontra-se em cartaz intitulado“. E Se Fosse Comigo?. Ele é um dos espetáculos mais emotivos porque conta a história do cotidiano de uma família, mesclando a segurança do trabalho com questões paralelas como o relacionamento familiar, drogas, AIDS entre outros problemas. “Esse é um tipo de espetáculo em que as pessoas se identificam muito, pois fazemos um processo de sensibilização com a platéia, relacionando que aconteceu no palco com a atitude de cada um no dia-a-dia. É interessante, pois você consegue tocar fundo nas emoções das pessoas, algumas até choram”, relata. Aliás, abordar o relacionamento familiar e até estreita-lo pode ser uma ferramenta importante na programação da SIPAT, inclusiva para alcançar os objetivos dela.

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